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05 dez 2018

Produção agroecológica e organismos geneticamente modificados são temas de seminário

Na última rodada de seu ciclo de palestras de atualização e aperfeiçoamento profissional deste ano, realizada na noite de segunda-feira (3/12), a Associação dos Engenheiros Agrônomos de Pelotas (AEAPel) apresentou os temas: produção geneticamente modificada e produção agroecológica. 

O pesquisador da UFPel Railson Schreinert dos Santos falou sobre biotecnologia e produção geneticamente modificada com destaque para as novas tecnologias de edição genética como o Crispr. “As possibilidades abertas por esta técnica são enormes, porém o Brasil ainda carece de investimentos em pesquisa tanto no setor público como privado”, comentou. 

Conforme Santos, o uso deste tipo de técnica permite modificar pontos muito específicos do DNA de um organismo como, por exemplo, criar resistência a um tipo de praga comum a um determinado local ou clima. “Esta tecnologia ainda vai avançar muito nos próximos anos e não investir neste tipo de pesquisa é condenar o país a dependência de tecnologias e empresas estrangeiras”, alertou.

AGROECOLOGIA – Logo em seguida foi a vez de Mateus Kuhn, engenheiro agrônomo da equipe do Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia (CAPA), falar sobre o panorama e os desafios da produção agroecológica. Em sua explanação, Kuhn tratou da Lei 10.831/2003, que regulamenta a produção de alimentos orgânicos no Brasil, e temas como: insumos, mecanização das lavouras, qualidade de vida dos produtores e mercado consumidor.  De acordo com Kuhn o conceito principal da agroecologia se baseia em uma melhor qualidade de vida do produtor e a partir dessa ótica é necessário tratar da redução da penosidade do trabalho nas propriedades familiares. “É desafio dos engenheiros agrônomos propor e encontrar alternativas para reduzir essa penosidade”, defendeu. 

Projetos dirigidos ao incentivo da associação de produtores e de apoio social e tecnológico são essenciais, na visão de Kuhn, tanto para aumentar o interesse dos produtores da região para o tema da agroecologia como para ajudar na manutenção dos jovens no campo. “Um dos desafios do setor para o futuro é avançar tecnologicamente em direção a um modelo de smartfarming com propriedades mais interligadas com a ajuda da internet das coisas (IOT) o que será capaz de garantir uma vida mais tranquila para os produtores”, defendeu.